18/05/2023
Open Banking é o conceito de banco aberto ou sistema bancário aberto. Foi criado para revolucionar o mercado financeiro, permitindo que o cliente use as suas informações como quiser. Com o Open Banking, as informações podem ser compartilhadas entre os bancos, facilitando a vida do usuário do serviço.
Esse novo modelo promete revolucionar o mercado, tornando-o mais eficiente para o cliente e mais competitivo para os bancos. As instituições terão que criar soluções cada vez melhores para atrair e manter seus clientes.
Neste artigo, você vai entender melhor o que é o Open Banking. Acompanhe!
O Open Banking é um novo modelo de relacionamento entre bancos e clientes, que vai permitir que o usuário do serviço poderá compartilhar suas informações com outras instituições.
Isso quer dizer que todo o seu histórico financeiro não ficará restrito apenas à uma instituição. Se o cliente quiser, ele poderá resgatar todas as suas informações e compartilhar com outro banco.
Ou seja, se você tem uma relação de anos com um banco, mas quer buscar crédito em outro, vai conseguir provar que sempre foi um bom cliente. Diferentemente de como é hoje, que um cliente precisa abrir conta em um banco, fazer movimentações em sua conta e aguardar até que construa um histórico relevante.
O Banco Central ficará responsável por regulamentar o Open Banking, por isso, apenas as instituições vinculadas ao BC poderão participar desse modelo. Isso vai permitir que o BC aplique punições e sanções às empresas que não cumprirem com a lei.
As informações que forem compartilhadas dentro do ecossistema do Open Banking estarão protegidas pela Lei Complementar n° 105/2001, do Sigilo Bancário. Essa lei proíbe o compartilhamento de dados para instituições não participantes do Open Banking e proíbe a venda de informações dos clientes para terceiros.
Outra lei que é aplicada para fiscalizar o Open Banking é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD n° 13.709/2018). A lei entrou em vigor em 2020 e abrange diversos setores, garantindo a autonomia do cliente com relação aos seus dados.
O Open Banking está sendo implementado em vários países, pois tem como objetivo principal proporcionar maior autonomia e domínio dos clientes sobre suas informações. Por meio de uma solução, que pode ser uma API ou um aplicativo, o cliente consegue controlar seus gastos e conectar as informações de bancos diferentes.
Para quem investe, as instituições com quem o cliente se relaciona, terão acesso às suas informações e poderão oferecer opções mais alinhadas com o seu perfil. Para quem busca crédito ou financiamento, não será necessário construir uma relação de anos com uma determinada instituição, basta compartilhar seu histórico.
Isso e outros benefícios será possível para as empresas que criarem um conjunto de APIs abertas ou restritas a um grupo de parceiros. A partir dessa documentação, a instituição cria uma comunidade ao seu redor, que vai expandir os serviços oferecidos aos clientes.
O modelo atual de serviço bancário que temos no mercado limita a autonomia dos clientes. O usuário é obrigado a manter suas informações em um só lugar e não consegue aproveitar os benefícios de diferentes instituições.
Além de causar transtorno para o cliente quando ele precisa ou quer se relacionar com outro banco. Quando migra para outra instituição, o cliente perde todas as vantagens que conquistou até ali.
Com o Open Banking isso vai mudar. Os clientes terão autonomia para decidir com quais instituições vão se relacionar, podendo compartilhar suas informações sempre que quiserem.
Com o sistema integrado, que as APIs proporcionam, as instituições conseguem cortar os intermediários. Ou seja, em vez de depender de diferentes prestadores de serviços para integrar as informações, uma API permite que essa comunicação seja feita.
Dessa forma, é possível tornar os processos mais rápidos e, consequentemente, mais baratos. A economia gerada para a empresa também será compartilhada com o usuário do banco.
A partir do momento que os clientes poderem compartilhar suas informações com todas as instituições que quiserem. Assim, o cliente não terá motivos para manter um relacionamento com um banco só porque é tem um vínculo de muitos anos ou para não ter o desgaste de fechar uma conta.
Isso vai obrigar as instituições a criarem serviços cada vez melhores e terem mais diferenciais para oferecer aos clientes. Afinal, o consumidor só vai ter interesse em manter um relacionamento com uma empresa que oferece benefícios a ele.
Os bancos estão na lista das empresas que mais recebem reclamações dos clientes. Por ter um modelo conservador e pouco tecnológico, os clientes ainda esbarram em processos simples, mas que são pouco eficientes.
Com o Open Banking, o cliente tem acesso a produtos e serviços financeiros em diversas plataformas. Assim, pode conhecer e contratar esses serviços de forma fácil e sem burocracias.
Além disso, o cliente tem maior autonomia para decidir e usar suas informações. Dessa forma, se sente mais independente e dono de suas atitudes. A consequência dessa junção de benefícios é uma experiência cada vez melhor.
O Open Banking ainda está em processo de desenvolvimento e regulamentação. De acordo com o calendário, a primeira fase de implementação, que está relacionada com o consentimento dos usuários, deve acontecer até o início de fevereiro de 2021.
A última fase está prevista para 15 de dezembro de 2021 e a expectativa é que o sistema esteja em funcionamento até o final de 2021.
Depois de implementado, apenas as instituições que o cliente autorizar terão acesso às suas informações. Ele define com quem quer compartilhar seus dados, desde que as empresas sejam reguladas pelo BC.
O BC também vai permitir que as informações sejam acessadas por um prazo de 12 meses, depois disso o cliente terá que renovar seu consentimento. Como é o cliente quem decide com qual empresa vai compartilhar seus dados, ele saberá todas empresas que podem acessá-los.
O cliente não terá custos ao solicitar os seus dados a uma instituição para compartilhar com outra. No entanto, a empresa que receber as informações pode cobrar pelo serviço prestado ao cliente.
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